terça-feira, 30 de junho de 2015

CONTINUAÇÃO

O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS

                    EVANGELHO DE JOÃO (PARTE III)


INTRODUÇÃO - O quarto evangelho é o “não sinótico”, ou seja, o único que não tem a ótica comum a Mateus, Marcos e Lucas, que tentam fazer uma cronologia, enquanto ele, João, faz teologia. É o evangelho dos discursos. É de fácil leitura, bom para evangelizar, e faz uma defesa muito forte da divindade de Jesus. É um dos documentos mais profundos sobre a pessoa de Jesus. Vale a pena refletir sobre ele. 


1. QUEM É ESTE JOÃO?

Ele é testemunha ocular do que narra: 1.14. Em 12.3, parece que sentiu o perfume da casa onde o evento sucedeu. É preciso nos números: 6 talhas de pedras, 4 soldados ao pé da cruz, o homem doente por 38 anos, 153 peixes apanhados na rede, etc. Fica bem claro que é um judeu. Conhece a história, os costumes, as idéias e as esperanças dos judeus. Isto fica claro em 1.17 e 4.5. Sabe dos preceitos de valor judaicos. No sábado não se podia traballhar, mas podia se circuncidar um menino. Ele sabe que a circuncisão tinha precedência sobre a proibição de trabalho no sábado (7.22). Conhece os sentimentos dos judeus quanto ao sábado: 5.10 e 19.31. Conhece bem o Antigo Testamento e a língua hebraica. Sabe e interpreta corretamente os significados dos nomes hebraicos: 1.38, 1.41, 5.2, 9.7, 19.13 e 20.16. Ele cita o AT hebraico (em vez de citar a Septuaginta) e dá sua própria tradução do hebraico para o grego.


Conhece a geografia da Palestina e a topografia de Jerusalém. Havia duas cidades chamadas Betânia. Ele distingue entre elas (1.28), sabe quem é de que lugar (1.44), etc. 


2.O AUTOR É UM APÓSTOLO

Somente alguém muito de perto poderia ter as informações que ele tem. Só poderia citar 2.17 e 4.27, por exemplo, quem fosse um dos apóstolos. Jesus tinha três mais chegados: Pedro, Tiago e João (Mt 17.1). O primeiro fica excluído pelas referências do autor a Pedro e porque o evangelho de Marcos é reconhecido como o de Pedro (que deu as informações a Marcos, com quem tinha afinidade). Tiago foi morto mais ou menos no ano 44 (At 12.2). A maior possibilidade é para João. Irineu, Clemente de Alexandria e Tertuliano, no segundo século, já diziam que João, o discípulo amado, foi o autor do quarto evangelho. Aliás, Clemente disse que João escreveu para suplementar os sinóticos.


Existe hoje em dia uma nova teoria sobre a data do livro. Presume que João escreveu antes dos sinóticos. Talvez já no ano 50. Em 5.2, ele não diz que “havia em Jerusalém”, mas “há em Jerusalém”. Jerusalém não apenas existia (foi destruída no ano 70), mas o autor ainda estava lá. Isto mostra que é um evangelho bem próximo aos eventos que narra.



3.A ESTRUTURA DO QUARTO EVANGELHO

O quarto evangelho pode ser dividido da seguinte maneira:

Prólogo – 1.1-18
(1) O Livro dos Sinais – 1.19 a 11.57
(2) O Grande Sinal – 12.1 a 19.42
Epílogo – 20.30-31
Apêndice – 21.1-23 (O Dia que não Termina)
Segundo Epílogo – 21.24-25

4. O LIVRO DOS SINAIS

Há um trecho chamado de “Primeira Semana” (1.19 a 11.57). Eis o seu esquema:
1º dia – 1.19-28
2º dia – 1.29-34
3º dia – 1.35-42
4º e 5º dias – 1.43-51
6º dia – 2.1-11 – Início dos sinais de Jesus. João nunca usa a palavra “milagre”. Ele usa “sinal”, no grego sêmeion, que dá a idéia de uma indicação. São “pistas” que ele vai deixando para provar sua tese de 1.1-18.

Os sinais são sete, assim distribuídos:

1º sinal - 2.1-12 - o casamento em Caná. Veja, especialmente, o v. 11. O vinho novo é melhor (2.10). O vinho novo é o cristianismo e o vinho velho é o judaísmo. Este é representado pelas “talhas para purificações dos judeus” (2.6). O vinho era símbolo da alegria e sinal da bênção do messias. Não há vinho nas talhas do judaísmo. É Jesus quem traz o vinho da alegria. Importante: mais uma vez, a comparação com Gênesis. A humanidade surge no sexto dia (Gn 1.26-27). É no sexto dia de João, que a nova humanidade, a humanidade em Cristo, começa a aparecer. Assim como o Pai só descansou no sétimo dia, quando tinha terminado tudo, Jesus só descansará que terminar tudo: 19.30. 

2º sinal – 4.46-54 – a cura do filho de um oficial do rei. Veja, especialmente, o v. 54. É no mesmo lugar onde começaram os sinais (v. 46). É a cura de um gentio. Os sinais são para quem os leia venha a crer e ter vida. Aqui, um menino que estava para morrer, passa a ter vida (v. 49). Era um gentio. Mas estes também têm direito à vida.


3º sinal – 5.1-9 – a cura do paralítico. Começa o distanciamento entre Jesus e o judaísmo. A festa é em Jerusalém (v. 1), mas ele não vai o templo, vai para Betesda. Neste tanque jaziam enfermos, cegos, mancos e aleijados (v. 2). Estas pessoas não podiam entrar no templo (2Sm 5.6-8). É com eles que Jesus vai estar. O templo, símbolo do judaísmo, não o entusiasmava. Ele via a si mesmo como o templo (lugar de encontro com Deus): 2.19-21. João mostra que é em Jesus que encontramos Deus: 14.8-11.

4º sinal – 6.1-15 – a partilha dos pães. Veja, particularmente, o v. 14. A páscoa estava próxima (v. 4), mas ele não vai a Jerusalém e sim a Galiléia, a terra dos gentios, desprezada pelos judeus (Jo 7.52, Mt 26.69 e Is 9.1-2). O resultado é ambíguo: a multidão quer fazê-lo rei e Jesus é obrigado a se retirar. Seu reino era outro: 18.36.

5º sinal – 6.16-21 – Jesus caminha sobre as águas. Os discípulos deixam Jesus sozinho (6.15). Parecem desiludidos, mas Mateus diz que Jesus os obrigou a partir sem ele, para orar (Mt 14.22-23). Ele precisava fortalecer-se, depois da experiência de quase ser tornado rei à força. E eles precisavam conhecer o poder de Cristo sobre a natureza, para entenderem o significado da multiplicação dos pães (Mc 6.51-52). Então, ele faz o discurso sobre o verdadeiro pão, no que se chama de “o grande discurso do pão” (6.22-59). Ele é o pão (vv. 35, 41, 48, 50-53, 58). Foi um choque, um desalento para muita gente: 6.60. Uma questão paralela a Gênesis: em Gênesis 1, o Espírito paira sobre as águas. Aqui, em João, é Jesus quem paira sobre as águas.


6º sinal – 9.1-41 - a cura do cego de nascença. João faz uma analogia do cego com os discípulos. Eles tinham visto a luz do mundo (1.7-9), mas ainda não viam bem. Em 8.12 há uma palavra de Jesus que é um prelúdio a este milagre. Isto porque até mesmo os que criam nele estavam com dúvidas e discutindo com ele: 8.31-33 (observe que a palavra dele é com os que “criam nele”). O final da história é interessante. O ex-cego é expulso do judaísmo (9.34-35) e só depois disto é que se rende a Jesus. Note-se que Jesus compara a cegueira com a incredulidade, no fim do episódio: 9.39-40. O pior cego é o da alma, o que não quer ver.

7º sinal – 11.1-44 – a ressurreição de Lázaro. É mais um sinal (11.47) e leva as pessoas a crerem (11.45). Esta é a finalidade dos sinais (20.30-31). É o mais elevado dos sinais. Lázaro está morto, definitivamente morto. São quatro dias de morte (11.39). Para o judeu, a alma do morto levava três dias para caminhar até o mundo dos mortos, o xeol. No quarto dia já estava lá. Jesus o tira do mundo dos mortos. João faz um prelúdio a este sinal nas palavras de Jesus em 10.10. Compare 11.32 com 1.4.

5. A SEGUNDA SEMANA

Há uma segunda semana, na estrutura de João (12.1 – “seis dias depois”). É a hora da morte. É o grande sinal. Começa a páscoa, que trará a morte de Jesus. Ele é o grão de trigo que precisa morrer, como se lê em 12.24. Mas esta morte é sua glorificação: 12.23. Por causa desta morte e glorificação, ele será o ponto de atração para o mundo inteiro, como lemos em 12.32.

No relato de João, esta páscoa não acontece. Jesus morre na véspera, no dia da preparação, como lemos em 19.31. No primeiro dia da terceira semana, Jesus ressuscita (20.1). Esta é a semana que nunca termina, que dura “até que eu venha” (21.23), que são as últimas palavras de Jesus. Em 13.1 há um jogo de palavras. “Pascoa” significa “passar”, em hebraico. Na páscoa, no “passar”, é hora de ele “passar deste mundo para o Pai”. É sua páscoa, também.

6.O GRANDE SINAL

É o trecho de 13.1 a 20.29. Divide-se em três partes:
(1) O lava-pés (13.1-30).
(2) Discurso de despedida (13.31 a 17.26).
(3) Paixão, morte e ressurreição de Jesus (18.1 a 20.29).

A finalidade do lava-pés é orientar a comunidade que dele brotará a viver em serviço mútuo. Ele fez o serviço de um escravo. A lição é bem clara, como se lê em 13.12-17. Como algumas igrejas, em que há luta por poder e briga por cargos, deveriam refletir sobre isto! Este episódio termina com uma declaração de rara poesia: “e era noite” (13.30). Era noite para ele, como vemos em 13.21. Para Judas, que deixou Satanás entrar em seu coração. E para a comunidade apostólica, que ficaria sem Jesus.


O discurso de despedida é comovente. Mesmo ficando sem ele, os discípulos não devem temer: 14.27. O Espírito Santo virá para ficar com eles. A igreja não é órfã. Jesus voltou para ela, na pessoa do Espírito Santo (14.18). Toda Trindade passa a habitar no cristão, como lemos em 14.16 e 23.

Na sua prisão, por três vezes, ele usa “sou eu” ou “eu sou”, dependendo da forma de se traduzir: 18.5, 6 e 8. No relato da paixão de Jesus, mais uma vez brilha a genialidade de João. Ele termina o episódio com 19.41-42. Jesus é posto num sepulcro. Acabou-se tudo! Mas vem o domingo, o dia do cristão, o dia em que Cristo sai da sepultura, vence a morte (20.1), e passa a ter autoridade para dizer o que disse em 14.19. Porque ele vive, nós viveremos. E porque ele foi glorificado, nós o seremos, também: 1João 3.2.


7. O ACRÉSCIMO

O capítulo 21 é claramente é um acréscimo de João. Ele terminou a história de Jesus em 20.29. Este capítulo é uma bem-aventurança para todos os que creriam depois. Para nós, inclusive. O texto de 20.30-31 é o epílogo e o capítulo 21, um acréscimo. Por que João fez isto? O capítulo é de uma beleza e espiritualidade comoventes. Pedro deserta. “Vou pescar” (21.3) é “vou pescar continuamente”, no grego. Pedro estava desistindo. Ia ser pescador, novamente. Compare isto com Marcos 1.17. Toda a comunidade apostólica segue a Pedro e toda a comunidade fracassa. Como diz um cântico nosso, “sem Jesus não dá”. 


Na desistência, Jesus se chega a eles (v. 4). A história toma novo rumo. Sob a direção de Jesus, a pesca é proveitosa. Pedro se preocupa com João (21.21), o mais moço deles, e é repreendido por Jesus. De maneira fantástica, João coloca na boca de Jesus a sua última palavra no seu evangelho: “Segue-me tu” (v. 22). Assim, o evangelista, após terminar sua obra, com uma bem-aventurança para os que creriam sem ver (20.29), recomeça-a e a conclui, por fim, com um desafio de Jesus, “segue-me tu”. 

CONCLUSÃO - UMA CURIOSIDADE QUE É RELEVANTE 

Em hebraico, o nome de Deus é yhwh, impronunciável, que costumamos mencionar como sendo Iahweh. Só Deus poderia dizer EU SOU.  Judeu algum pode dizer EU SOU. Veja que após esta declaração de Jesus, os judeus tentam apedrejá-lo (pena de morte para a heresia).  Uma tradução literal seria EU SOU. Veja Êxodo 3.13-14. João gosta de ressaltar como Jesus se referia a si mesmo e, nestas referências, como usava o “Eu sou”. Observe isto em 6.41, 6.51, 8.12, e, principalmente, 8.58. Como Jesus falou em aramaico, deve ter ficado bem claro o nome de Deus para os judeus. Estes nem sequer o pronunciavam, mas Jesus o aplica a si. É por isso que logo depois deste episódio, vem o do cego de nascença, que termina com as palavras do Mestre em 9.40-41. João mostra no início que Jesus é o próprio Deus, encarnado (1.1-4 e 14). Desenvolve este tema por todo o evangelho. E, no seu último livro (ele escreveu também 1a, 2ª, 3ª João e o Apocalipse) vai mostrar Jesus dizendo isto a seu próprio respeito: Apocalipse 22.13. Por isto que podemos dizer que os escritos de João têm como sustentáculo sua declaração do evangelho, em 1.14: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai.”

sexta-feira, 26 de junho de 2015

ESTUDO DO EVANGELHO DE JOÃO - PARTE II

ESTUDO DO EVANGELHO DE JOÃO

                                                                           PARTE II

  1. O apóstolo João era filho de Zebedeu, aparentemente um homem abastado e influente (Mc 1.20), e de Salomé, que era irmã de Maria, mãe de Jesus, (Jo 19.25; Mt 27.56,61; Mc 15.40,47).
  2. João escreveu seu evangelho já próximo do fim da vida. A autoria desse Evangelho foi muito discutida pelos estudiosos já que seu autor é identificado apenas como "discípulo amado"(Jo 21.20,24).
  3. João participava do círculo mais íntimo de Jesus, juntamente com Pedro e Tiago (Mc 5.37; 9.2; 14.33). João e seu irmão, Tiago viviam em Cafarnaum, Jesus os apelidou de Boanerges (filhos do trovão, Mc 3.17). João e Pedro foram descritos como iletrados e incultos (At 4.13).
  4. João foi testemunha ocular da vida e do ministério de Jesus, de todos os discípulos, foi quem ministrou por mais tempo. João participou da Última Ceia (Jo 13. 23-26), esteve aos pés da cruz com a mãe de Jesus (Jo 19. 25-27), acompanhou Pedro até o túmulo vazio (Jo 20. 2-10) e reconheceu Jesus após a ressurreição (Jo 21.7). 
  5. A João é atribuída a autoria de Primeira, Segunda e Terceira Epístola de João, como também o Livro do Apocalipse. Ele participou ativamente da Igreja em Jerusalém (At 3.1), e mais tarde foi pastor da igreja de Éfeso.
  6. João não registrou em seu livro: a genealogia de Jesus, seu nascimento, sua infância, a transfiguração, a escolha dos discípulos, as parábolas, sua ascensão e a grande comissão. Mas é o único a registrar as alegorias do Bom Pastor, da porta, do grão de trigo e da videira, o discurso do pão da vida, o da ceia e a oração sacerdotal, os episódios das bodas de Caná, da ressurreição de Lázaro e do lava-pés, o diálogo com Nicodemos e com a Samaritana.
  7. Muitas são as palavras chave que João utiliza: verdade, vida, luz, amor, glória, mundo, julgamento, hora, testemunho, água, espírito, amar, conhecer, ver, ouvir, testemunhar, manifestar, dar, fazer, julgar...
"Olhando os milagres que aparecem em João apenas 3 coincidem com os sinóticos: a cura do filho do Centurião, a multiplicação dos pães, o andar sobre as águas.
Nos milagres a diferença aparece no significado que eles possuem: Nos sinóticos Jesus realiza os milagres movido de compaixão em João os milagres adquirem um caráter de sinais, manifestando a glória de Jesus.
- Só o quarto evangelho apresenta a parte humana de Jesus, Ele com Maria chora a morte de Lázaro em Betânia.
- É o evangelho de João que apresenta os últimos passos de Jesus começando com a última ceia no cenáculo, os derradeiros momentos de Jesus, suas últimas palavras e recomendações, o lava-pés, e a cena com Judas Iscariotes.
- Em João aparece um Jesus muito próximo dos discípulos.
João nos convida a adentrarmos no Cenáculo e nos tornamos participantes dos últimos momentos de Jesus com seus discípulos, Suas últimas palavras, recomendações e oração, sua ação ilustrativa ao lavar os pés dos discípulos e a confrontação final com Judas Iscariotes. Nem um dos outros evangelistas nos trouxeram tantos detalhes da intimidade de Jesus com os discípulos, como João faz". (aBíblia.org)

quinta-feira, 25 de junho de 2015

ESTUDO DO EVANGELHO DE JOÃO


                                                        ESTUDO EM GRUPO

               Começar a ler a Bíblia é sempre um desafio, muitas vezes, sentimos o desejo de realizarmos uma leitura sistemática, mas acabamos por desanimar. Esse desânimo acontece por vários motivos, mas um deles é a falta de compreensão dos textos sagrados. 
          O estudo em grupo é uma maneira prazerosa de estudar a Bíblia. No grupo podemos ter dúvidas esclarecidas, ter nosso ânimo renovado e crescermos no conhecimento da palavra em conjunto.
            A proposta é lermos um livro cada mês e discutirmos pontos que deixarem dúvidas bem como partilharmos aprendizados.



           
1º Livro: Evangelho de João
                
               Lucas pode ser o Evangelho mais bonito, porém João é o Evangelho mais profundo. Nele o Senhor Jesus é apresentado como o Verbo que se fez carne, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, o Filho Unigênito do Pai.
               Jesus é aquele em quem está a vida, todas as coisas foram feitas por Ele. Ele é a Luz do Mundo, o Messias rejeitado, a Glória manifestada.
               No Evangelho de João, sete testemunhas declaram a deidade de Jesus: João Batista, Natanael, Pedro, Jesus, Marta, Tomé e João.

               Sete vezes Jesus declara "Eu Sou":

  1. "EU SOU o pão da vida"
  2. "EU SOU a luz do mundo"
  3. "Antes que Abraão existisse, EU SOU"
  4. "EU SOU o bom pastor"
  5. "EU SOU a ressurreição e a vida"
  6. "EU SOU o caminho, a verdade e a vida"
  7. "EU SOU a videira verdadeira"

              O Evangelho de João foi escrito, para combater as heresias que grassavam o meio evangélico no final do primeiro século e provar que Jesus era o Cristo, o Messias (para os judeus) e o Filho de Deus (para os gentios).
            O Evangelho de João foi o último a ser escrito, mais ou menos no ano 95 d.C., em Éfeso, segundo a tradição, onde, provavelmente, o discípulo amado pastoreava, como uma apologia do Cristianismo, ou seja, para combater as heresias dos que não aceitavam ser Jesus o Filho de Deus, o "Verbo" que "se fez carne e habitou entre nós"(Jo 1.14).
          De fato, no capítulo 20, versículo 31, do seu evangelho, João revela o propósito de escrever a biografia de Jesus Cristo: oferecer evidências que comprovam a natureza e a missão do Filho de Deus.
            Os quatorze primeiros versículo deste livro constituem o prefácio, o qual anuncia a divindade de Jesus, e apresenta três grandes idéias que percorrem todo o seu evangelho: a revelação do Verbo (vv.1-4), a rejeição do Verbo (vv. 5-11) e a aceitação do Verbo (vv. 12-14).